quarta-feira, 10 de outubro de 2012

UM DOCE VENENO PARA O CÉREBRO


      
Bom Dia!!!! Nesta semana de feriado do dia das crianças, coloco no blog um texto elaborado pelo departamento científico da VP Consultoria Nutricional que esclarece os malefícios do açúcar na nossa saúde. Lembre-se desse texto toda a vez que você oferece pro seu filho pequeno refrigerante, balas e outros tipos de doces. 

Alimentos de origem vegetal, em especial as frutas, contêm naturalmente açúcares, substâncias que conferem o agradável sabor doce. As fibras, também presentes nestes alimentos, controlam a velocidade de absorção dos açúcares, neutralizando seus malefícios à saúde. Todavia, o consumo exagerado destas substâncias purificadas por processos industriais está estreitamente relacionado com o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. 

A informação de que a elevada ingestão de açúcar refinado e doces pode causar obesidade e diabetes mellitus tipo 2 não é nova para a maior parte da população; porém, os riscos oferecidos por este doce vilão são ainda maiores.  

A revista Saúde, em sua edição de Agosto de 2012, publicou a reportagem “Açúcar demais azeda a cabeça”, que aborda a relação entre o consumo de açúcar e danos às células do sistema nervoso central. A ingestão de alimentos de alto índice glicêmico, como o açúcar e os doces, provoca grande e rápida elevação dos níveis séricos de glicose, o que induz, nas células nervosas, aumento da formação de radicais livres (compostos capazes de reagir com estruturas celulares, danificando-as). O excesso desses radicais é um sinal para que a célula entre em processo de morte programada (apoptose), ou seja: o consumo excessivo de açúcares pode levar à destruição de neurônios, reduzindo a capacidade funcional do sistema nervoso central.

Em resposta à ingestão de carboidratos, o pâncreas libera insulina, hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para as células. Este hormônio possui atividade regulatória sobre as células do sistema nervoso central, favorecendo a reparação e formação das estruturas celulares essenciais aos neurônios. Acontece que o consumo excessivo de doces por um longo período de tempo pode ocasionar em aumento da massa adiposa visceral, que por sua vez, produz grandes quantidades de substâncias inflamatórias, levando a um estado de resistência à insulina, em que as células perdem a capacidade de responder a este hormônio. Sendo assim, a insulina deixa de exercer a função benéfica sobre o sistema nervoso central, prejudicando seu funcionamento.

O aparecimento e piora dos sintomas de doenças neurológicas também são induzidos pelo consumo de açúcares e doces. Crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade podem apresentar melhora com a redução do consumo de alimentos de alto índice glicêmico. Também há evidências de que o índice glicêmico da dieta é inversamente proporcional ao aparecimento das doenças de Parkinson e Alzheimer. A variação glicêmica gerada pela ingestão de açúcares e doces pode também levar a variação de humor e depressão.

Açúcares em altas concentrações e não associados a fibras não são comuns na natureza. Por isso, não houve tempo hábil desde sua introdução aos hábitos alimentares humanos para que a evolução adaptasse o homem ao seu consumo. Estas substâncias provocam inúmeros malefícios à saúde, podendo, inclusive, afetar o funcionamento do sistema nervoso central, prejudicando a cognição e causando doenças. As frutas possuem naturalmente o sabor doce, além de conterem substâncias benéficas à saúde, podendo, assim, substituir os tão maléficos doces açucarados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário