quinta-feira, 12 de março de 2015

Saúde Intestinal e Rendimento Esportivo


A frase ‘somos o que comemos’ deve ser muito familiar, não?! Escutamos várias vezes de médicos, nutricionistas, que tudo aquilo que você ingere irá interferir no seu corpo. Mas, você já se questionou que, se somos o que comemos, o destino final do que ingerimos, deve ser analisado?!

No meu trabalho diário, sempre questiono aos meus pacientes sobre o hábito intestinal, o tipo de fezes, a ocorrência de gases e flatulências. Muitos acabam se constrangendo. Mas, você aí do outro lado deve estar se perguntando, do por quê um artigo sobre o hábito intestinal. Abaixo vão todas as minhas justificativas...

A microbiota está diretamente relacionada com a nutrição, fisiologia e regulação do sistema imune. Temos três tipos de bactérias predominantes, as probióticas, comensais e patogênicas. As bactérias probióticas exercem papel benéfico em nossa saúde e compreendem um percentual baixo da nossa microbiota, entre 11 e 13%. Já as comensais, compreendem maior parte das bactérias  podendo ter ações que promovem o equilíbrio ou o desequilíbrio das funções do trato gastrointestinal (TGI) e por último as patogênicas. Elas estão em menor quantidade no TGI, porém quando existe a oportunidade, se proliferam e podem lesionar a mucosa causando doenças.

Por isso é importante pararmos alguns segundos para analisar o tipo de fezes e como está o hábito intestinal. Alguns devem estar pensando, que nojo! Pois bem, é necessário... Grave bem o que estou escrevendo: se o hábito intestinal não estiver adequado, de nada adianta consumir um monte de suplementos, pois isso pode gerar o crescimento de bactérias ruins no intestino, ou seja, o suplemento ao invés de te ajudar, vai piorar a sua situação.

Muitos estudos recentes, tem relacionado a flora intestinal com o desempenho esportivo, ganho de peso, alergias, inflamações e até depressão. Só para vocês terem noção, uma das melhores revistas científicas, a Nature já tem publicado sobre o assunto. Para analisar a sua saúde através das fezes, em 1997, o Dr. Ken Heaton criou uma escala que define o tipo de fezes com o tempo em que elas permanecem no cólon, local em que as bactérias estão mais presentes.

Tipo 1: fezes rígidas em pequenas bolinhas, como o cocô de cabritos. Pode ser a característica de uma disbiose, ou seja, desbalanço da flora intestinal, muito grave, possivelmente relacionada com uma inflamação no intestino. Existe uma reabsorção grande de água e está fortemente relacionada com a constipação, que é a dificuldade em evacuar.
Tipo 2: o tipo 2 tem uma condição muito parecida com a do tipo 1, porém, menos grave. Muito comum em pessoas que sofrem da síndrome do intestino irritado.
Tipo 3: esse tipo de fezes já pode ser considerado normal, porém, revela um princípio de desregulação nos processos intestinais. Ainda pode causar incômodo na hora de evacuar.
Tipo 4: fezes adequadas! Típica daquelas pessoas que vão ao banheiro todos os dias e não tem problemas ao evacuar.
Tipo 5: fezes quase adequadas, pois são eliminadas de maneira fácil. São comuns para aquelas pessoas que vão ao banheiro de 2 a 3 vezes ao dia.
Tipo 6: esse tipo representa um princípio de problema intestinal. Fezes difíceis de limpar com papel. Estão diretamente relacionadas com o aumento de pressão sanguínea e estresse.

Tipo 7: Diarreia. Fezes totalmente líquidas que causam desidratação e muita dor de barriga. Relacionada com viroses e também presente em muitas crianças que ainda não tem a flora intestinal totalmente formada.

Fonte: Biologia Total

Mas quais os cuidados nutricionais que devemos ter para melhorar o hábito intestinal? É importante incluirmos fibras, boa ingestão de água, alimentos prebióticos e probióticos.

Os alimentos prebióticos são:
  •       Biomassa de banana verde;
  •       Batata Yacon;
  •       Chicória;
  •       Alho-poró;
  •       Alho;
  •       Bananas;
  •       Cebola;
  •       Tomate;
  •       Beterrraba;
  •       Aspargos;
  •       Alcachofra;
  •       Aveia;

E os probióticos devem ser usados em forma de suplementação para melhorar a ação. Portanto, se você é atleta amador ou profissional, avalie o hábito intestinal junto ao seu nutricionista, pois você pode ter grandes melhoras de performance a partir do momento em que absorver mais vitaminas e minerais e isso vais acontecer quando a sua saúde intestinal estiver boa por completo.


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